O dono do convento, em início do séc. XX, era o chefe de um bando de gatunos, assassinos e trafulhas. Todos os gatunos do Concelho estavam protegidos por este homem temível. Ao fugirem para o convento, local onde morava o seu chefe, depois de cometerem um crime tinham que tocar numa argola existente no convento; desta forma ficavam livres de toda a justiça.
Dentro do convento existia um poço com uma pedra rolante. Quem não soubesse passar por esse poço, geralmente os seus inimigos, caíam lá para dentro e morriam. O seu cunhado não gostava das trafulhices que se passavam em casa da irmã. Um dia decidiu matá-lo por vingança.
Esta vingança estava relacionada com o facto de o bandido ter metido, nas arribas do Águeda, a sua mulher para morrer. Mas o barco foi descendo e chegou com a sua passageira intacta ao Douro, onde foi recolhida pelo seu irmão. Este ficou furioso ao ver que tinham tentado matar a sua irmã e magicou um plano para o matar. O gatuno andava toda a noite em cima de um cavalo. O cunhado queria que este se deixasse dormir em cima do cavalo para o matar, pois todos tinham muito medo dele. Mas o gatuno não morreu, acabando o cunhado por esperar a sua morte que ocorreu durante um assalto.
Este gatuno protegia todos os outros do concelho, que trabalhavam para o seu senhor. Em Almofala estava o Baptista, que era o gatuno que maior fidelidade mostrava. Este homem era temido tanto por ricos como por pobres. Os ricos usavam na altura uma moeda com cerca de 5 centímetros de diâmetro para atirar ao gatuno que os assaltasse, evitando assim a aproximação.
O Baptista vivia no seio da comunidade, mas era tolerado dado o terror que inspirava.