Colóquio Dependências

A sessão de abertura esteve a cargo do edil Figueirense, António Edmundo Freire Ribeiro, da Presidente da CPCJ, Sandra Monique Beato Pereira e pelo Presidente da Rede Social, Arelindo Gonçalves Farinha, ambos Vereadores da edilidade Figueirense.
“As drogas são substâncias que nos dão prazer, conseguido às custas de alterações no cérebro”, como lembrou o Dr. António Cardoso Ferreira e o Dr. Rui Correia, Técnicos do Centro de Resposta Integradas da Guarda, dizendo ainda que aquelas substâncias “prometem o paraíso para quem as consume, mas acaba por se revelar um caminho escuro, por vezes sem regresso”.
Mas, existe quem consiga voltar a ter uma vida normal, mesmo que aos 16 anos tenha entrado neste mundo obscuro, como é o caso de vida apresentado por Sérgio Ramalho que ganhou o respeito da plateia ao contar a sua dura experiência no mundo da droga, dizendo “Abandonei a minha filha, a minha esposa e a minha casa…vivi no bairro do Aleixo no Porto… vivi quatro anos na rua… fui um farrapo humano…”. Mas, foi com orgulho que se apresentou no Colóquio e partilhou aquela fase da sua vida, estando agora a tentar ganhar a confiança das pessoas.
Mas as dependências não se resumem apenas ao consumo de droga, hoje é muito mais que isso, somos escravizados pelo uso excessivo da Internet, do telemóvel, da televisão, passando pelo tabaco e pelo consumo excessivo de álcool.
Do centro de Alcoólicos Recuperados da Guarda, esteve presente o seu responsável, Sr. Carlos Brito, um alcoólico recuperado, que alertou os jovens presentes para os riscos da dependência de bebidas alcoólicas, que “é fundamental ter consciência dos riscos do álcool”. Carlos Brito também falou da sua vida de alcoólico, e como sofreu e fez sofrer a sua família “fui um farrapo humano… cheguei a vender o meu sangue no hospital para ter dinheiro para beber”.
Podemos tirar várias ilações/lições deste colóquio e aplicá-las no dia-a-dia, temos o dever de estar atentos a todos os que nos rodeiam e de alertar para os perigos que podem surgir com os vícios; por vezes são os problemas da vida que nos levam a enveredar por um caminho menos claro e menos certo, mas aqueles não vão deixar de existir, ficam temporariamente encobertos, não somos os únicos a ter problemas temos é que saber geri-los, enfrentando as situações difíceis, não sendo as dependências solução para nada.