Situada 15 km a noroeste da vila de Figueira de Castelo Rodrigo, Algodres pertence a este concelho desde 24 de Outubro de 1855. Até ai integrava o concelho de Almendra, extinto naquela data.
As origens de Algodres mergulham longe no tempo. Atestando-o, lá está no alto do monte de Santa Barbara os vestígios de um castro lusitano, que seria depois ocupado no período romano, como o atestam moedas e tegulae.
A ocupação árabe parece estar directamente ligada com o topónimo da freguesia, que crê-se derivar de Algodes, cuja raiz está no nome Algodrons, que se manteve durante séculos e era a corrupção do étimo Alcoton. A sepultura antropomórfica da cova da moura remonta a esta época da reconquista.
Na relação de documentos do Convento de Santa Maria de Aguiar, encontram-se referências à freguesia: no ano de 1385, 1400 e 1446.
Em 28 de Maio de 1758, o abade Cabral de Gouveia nas “Memórias Paroquiais” refere que”… os frutos que colhe com maior abundância são o centeio, o trigo e o azeite…também colhe algum vinho e, já houve tempo em que colhia tanto, que daqui ia para a cidade da Guarda, razão por que se chamava Algodres dos Vinhos…”.
Em termos Monumentais destacam-se:
Igreja Matriz que datará do séc. XV, o templo apresenta ainda algumas características românicas. Sinais evidentes de obras posteriores de ampliação e restauro que alteraram o seu traçado primitivo. A torre edificada ao lado da Igreja e de características barrocas, é muito posterior ao templo. Numa pedra trabalhada lê-se “Turris Dvidica”. Um pouco mais abaixo, está gravado: “mandou fazer esta torre o Ab. Ml. Caetª Cabral Gouveiª, Naº de 1777”. A 26 de fevereiro 1982 foi classificada como imóvel de interesse público.
Fonte do Cabeço do séc. XIV, é de origem romana e mostra-nos o quanto é antiga a ocupação humana na região. Apresenta a singularidade de ostentar as armas reais invertidas, à semelhança de Castelo Rodrigo, diz-se que tal fato se deve à punição imposta pelo Mestre de Aviz, por ter sido impedido, pelo alcaide de Castelo Rodrigo, de entrar na fortaleza quando se dirigia para Chaves, durante as lutas contra Castela. É classificado como imóvel de interesse público.
São também locais a visitar as Capelas de Santa Bárbara, de Santo António e da Misericórdia.
As arribas do Côa são um local de Interesse paisagístico.