Freguesia situada a 5 km a este da sede do Concelho.

O mais antigo documento conhecido que menciona a Freguesia remonta a 1165 e refere-se a doações feitas por Fernando II de Leão ao Mosteiro de Santa Maria de Aguiar.

No ano de 1321 a Igreja de Mata de Lobos aparece incorporada na relação das Igrejas do termo de Castelo Rodrigo. A Capela de Santa Marinha foi outrora a Igreja Paroquial, como o provam as palavras do reitor Paulo Antunes Alonso nas “Memórias Paroquiais” de 1758 “… a sua igreja paroquial consta ser Igreja e mosteiro dos templários que bem o mostram as suas ruínas, por se achar no adro della muitas sepulturas com letreyros nas suas campas que declarão ser de seos cavaleiros…”.

Foi nos campos de Mata de lobos, no local da Salgadela, que se travou a 7 de Julho de 1644 a Batalha da Salgadela, existindo no local o Padrão de Pedro Jacques de Magalhães a relatar tal evento.

A nível do património destaca-se:

Igreja Matriz, dada a sua excelente localização geográfica, no centro da aldeia, a primitiva Capela de São Sebastião, foi ampliada em 1759, dando origem à atual Igreja Paroquial.  Apresenta como particularidade a separação da torre sineira do corpo do templo

Capela de Santa Marinha, foi a primitiva Igreja Paroquial de Mata de Lobos, de construção muito antiga, é referenciada no “Tombo da Beira” de 1395. É de estilo românico e foi alvo de obras de reparação ao longo dos séculos. O templo esteve ligado à Ordem de Cristo, herdeira dos bens dos Templários quando esta foi extinta em 1312.

Padrão de Pedro Jacques de Magalhães, situada no lugar da Salgadela, fronteiro à fortaleza de Castelo Rodrigo, foi cenário de umas das mais importantes batalhas da guerra da Restauração.  Referenciada na história por “Batalha de Castelo Rodrigo”, na região é conhecida por “Batalha da Salgadela”. Neste local da sangrenta luta que opôs as tropas espanholas comandadas pelo Duque de Ossuma, contra o exército português, que sob a chefia do general Pedro Jacques de Magalhães, veio em socorro do castelo sitiado, ergue-se um cruzeiro mandado executar por um matense e 1664, escassos meses após a batalha. A Cruz Pedro Jacques de Magalhães perpetua para a posteridade o assinalável dia 7 de julho de 1664.

Sepulturas antropomórficas, sete no total, todas elas distantes umas das outras e espalhadas pela área da freguesia.

Chafariz e os lagares.

O Rio Águeda e as arribas são locais de interesse paisagístico.