Situada a cerca de 9 km da sede do Concelho, num monte fragoso de onde se descobrem para Nascente as povoações de Escalhão e Mata de Lobos, para Sul vislumbra-se Figueira e Castelo Rodrigo e para Poente a Freixeda do Torrão.
A Freguesia aparece documentada com o actual topónimo nos inícios do séc. XIV, durante o reinado de D. Dinis o que põe em causa a teoria de o nome derivar de um caso trágico ocorrido no séc. XVII.
Decorria o ano de 1676 quando teve lugar o terrível e trágico acontecimento. Na Igreja Matriz, foi praticado um crime de homicídio sobre uma senhora distinta. Tais factos foram relatados pelo abade João de Barros e Brito.
Este abade enviou de Roma relíquias de Santo Eugénio e de Santo Augusto, no dia 29 de Abril de 1678. Desde então, nesse dia se comemora com grande fé o dia dos Santos Mártires.
No património destaca-se:
Igreja Matriz, templo de feição românica, já referenciado no séc. XIII. A torre sineira ergue-se por cima da porta principal, ladeada por duas cruzes de pedra. No altar-mor sobressai a tribuna, o arco perfeito, enquadrada por um bonito conjunto barroco, apoiado em dois pares de colunas salomónicas, de seis cada.
Reduto, em 1648 a população construiu um reduto para se defender das investidas castelhanas, durante os vinte e oito anos que durou a Guerra da Restauração. Esta torre quadrangular, em alvenaria, com cerca de 10 metros de altura, onde atualmente se encontra instalado o relógio e à qual está encostada a Capela dos Santos Mártires.
Capela dos Santos Mártires, a Fonte do Pereiro e as casas de arquitetura tradicional são também motivos de interesse.